segunda-feira, 5 de julho de 2010

E lá vamos nós...

Pra quem não sabe ou não acompanhou tivemos mais uma postagem derrubada na semana passada. Foi sobre o novo projeto da gurizada do Nação Zumbi, dessa vez com o Seu Jorge, o Seu Jorge and Almaz.
Pra quem também não sabe, somos dois os colaboradores desse tão vagaroso blog.
Se fosse apenas um, demoraria ainda mais para saírem novas postagens que, ao nosso gosto, são álbuns que estamos escutando ou já escutamos muito. Portanto, não colocamos aqui o que realmente não gostamos. Pelo menos algum de nós dois (os gostos não são exatamente iguais).

Pois foi justamente nessa mesma semana que eu peguei, na universidade onde estudo, uma revista, que é distribuída gratuitamente, chamada Noize. Nessa revista havia, além de uma bela diagramação, um ótimo texto que vinha bem ao caso do que ocorreu aqui no blog e que deve ocorrer em tantos outros espalhados aí pela internet, que estimamos muito.
Irei colar o texto aqui, sem autorização prévia, mas com o devido crédito - Revista Noize #34, pág 30 - www.noize.com.br.


A Indústria da Música respira por aparelhos, mas
continua vivendo em uma bela mansão. Ela ainda sobrevive
– e fatura milhões – em um mercado cujos dias estão contados,
mas lamenta os dias de bonança que viveu décadas
atrás, antes de a Internet democratizar a distribuição da
música e o MP3 derrubar o comércio de discos. O disco
de vinil surgiu em 1948, substituindo os obsoletos discos
de goma-laca de 78 rotações, que até então eram utilizados
para vender música em série. A década de 50 marca o
início da popularização da música de massa, mas foi nos 60
que o cenário tomou proporções estratosféricas.
O disco mais vendido dos anos 50, “Elvis’ Christmas
Album”, totalizou 7 milhões de cópias. Na década seguinte,
o “Álbum Branco”, dos Beatles, vendeu quase o triplo:
19 milhões. Porém, agora, vivemos uma revolução sem
precedentes, e muitos ainda querem utilizar um método
antigo e arcaico de comercializar e negociar música sem
perceber que o mundo mudou, as ferramentas mudaram,
e é preciso adaptar-se aos novos tempos. A Internet e
as novas tecnologias facilitaram o ato de fazer música e
distribuí-la.
A cada dia que passa, a Indústria perde poder. Adolescentes
que desconhecem vinil, CD e K7 e acostumaram-
se a baixar músicas pela web nunca vão comprar um
disco, pois aprenderam a ter isso de graça. Mais do que um
problema ético, estamos diante de um símbolo de liberdade.
Agora, cada pessoa ouve a música que quiser. Um
disco a um clique do mouse. “Como ganhar dinheiro com
a minha arte?”, perguntam os músicos. Fazendo shows,
caros amigos. Estamos voltando à Idade Média. Naquela
época, os artistas não tinham suportes que os permitissem
vender sua música em série, e mostravam sua arte apresentando-
se de cidade em cidade. Novos tempos. Vivemos
um momento extraordinário da história, um momento em
que as novidades surgem todos os dias e qualquer coisa
pode acontecer. Porém, se a Indústria está morrendo, a
Música está cada vez mais viva.
O Rei está morto. Viva o Novo Rei.


Concordei plenamente com o texto assim que o li.
E pra isso, reponho o link que caiu, ou melhor, foi derrubado.



Baixem rápido, pois o DMCA está nos espionando...


Desculpem o tamanho da postagem, com tanto texto, mas prometo não fazer mais isso...
hahaha


Valeu!


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